- Após mais um acordo com o Governo
A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique chegou a um acordo com o Governo, na semana passada, sobre o pagamento das horas extraordinárias, a ser aplicado dentro de três meses.
Anselmo Muchave, presidente da Associação, disse ao “Canalmoz” que a promessa do Ministério da Saúde de pagar horas extraordinárias e subsídio de risco foi determinante para a decisão de suspender a greve.
“As horas extraordinárias de 2022 foram devidamente pagas. O pagamento das horas extraordinárias de 2023 será feito de forma faseada até Agosto de 2024. Há um ganho para os profissionais da Saúde, que são os 15% de subsídio de risco. Tivemos um aumento de 15% para todos os profissionais da Saúde e todos os funcionários do Ministério da Saúde”, disse Anselmo Muchave.
Além disso, as partes concordaram que a distribuição de material hospitalar será supervisionada conjuntamente, para evitar desvios, e também foi prometido mais material.
“Relativamente ao equipamento hospitalar, esforços por parte do Governo estão a ser envidados no sentido de assegurar a aquisição e distribuição paulatina de equipamento para hospitais centrais, gerais, provinciais, distritais e centros de saúde”, afirmou.
A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique exigia do Governo o fornecimento de medicamentos aos hospitais (em alguns casos, os medicamentos têm de ser adquiridos pelos pacientes); aquisição de camas hospitalares; resolução do problema da falta de alimentação; equipar as ambulâncias com materiais de emergência; equipamento de protecção individual não descartável, cuja falta obriga os funcionários a pagarem do seu próprio bolso.
Durante os dias de greve dos profissionais da Saúde gerou-se um caos nas Unidades Sanitárias, tendo havido um elevado número de mortes. A Associação dos Profissionais de Saúde informou que morreram cerca de mil pacientes nas diferentes Unidades Sanitárias do país.
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