O presidente da Renamo, Ossufo Momade veio a público, na segunda-feira, 24 de Junho, denunciar a existência de uma onda de falsários que tenta enganar os ex-guerrilheiros da Renamo abrangidos pelo processo de desarmamento, desmobilização e reintegração para voltarem às matas.
Segundo Ossufo Momade, estas acções têm como objectivo descredibilizar a Direcção do seu partido. “Repudiamos qualquer tentativa de usar politicamente o sofrimento dos nossos combatentes. Voltamos a exortar os nossos combatentes a não acatarem falsas promessas que põem em causa o nosso compromisso com o DDR”, afirmou Ossufo Momade.
O presidente da Renamo falava por ocasião dos 49 anos da Independência Nacional e referiu o mal que afecta a sociedade moçambicana que são os raptos, envolvendo milionários, e assaltos às residências, principalmente na cidade de Nampula. E pergunta: “Quem são os mandantes destes raptos?”.
Três mil ex-guerilheiros da Renamo estão a receber as suas pensões
O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que, no total de 5.221 ex-guerrilheiros da Renamo, 3.462 desmobilizados já estão a receber as suas pensões, no âmbito do processo de desarmamento, desmobilização e reintegração. Filipe Nyusi disse também que, até ao dia 20 de Maio, o Governo havia recebido pedidos de 4.215 desmobilizados.
“Até ao dia 20 de Maio foram realizadas as campanhas de registo dos beneficiários do DDR nas províncias de Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado, resultando na recepção de um total de 4.215 pedidos do total 5.221 processos esperados”, disse Filipe Nyusi na cerimónia de juramento de bandeira na Escola Prática do Exército de Munguine, no distrito da Manhiça, na província de Maputo.
Nyusi disse também que, dos pedidos recebidos, foram remetidos ao Instituto Nacional de Previdência Social 4.124 processos, e apenas 47 processos estão pendentes para a verificação de dados.
Filipe Nyusi disse que estava a dar aquela informação publicamente para evitar que os que vivem bem propalem desinformação sobre aqueles que passam dificuldades.
O processo de desarmamento, desmobilização e reintegração começou em 2018, esperando-se que abranja 5.221 ex-guerrilheiros Renamo, tendo terminado com o encerramento da base de Vundúzi, a última base da Renamo, localizada no distrito da Gorongosa, na província de Sofala. (Neuton Langa)