Muhammad Mayet, cidadão de origem asiática, foi raptado ontem, 26 de Junho, nas proximidades do seu estabelecimento comercial, na cidade de Maputo,
O porta-voz da Polícia na cidade de Maputo, Leonel Muchina, confirmou a ocorrência e disse que o grupo de sequestradores era composto por sete elementos, que tinham duas armas de fogo.
“Por volta das 8h00, registámos um rapto nas esquinas das Avenidas Guerra Popular e Ho-Chi-Min, realizado por indivíduos ainda por identificar, munidos de armas de fogo do tipo pistola e AKM e fazendo-se transportar numa viatura cor branca com matrícula AIO 919”, afirmou.
Disse também que, durante o rapto, um cidadão que é empregado de Muhammad Mayet e que estava presente no local foi alvejado num pé e foi levado prontamente para o Hospital Central de Maputo, para receber cuidados médicos.
Este é o segundo caso, neste ano, de rapto de um cidadão de origem asiática em plena luz do dia na cidade de Maputo. Tal como no primeiro caso, este sequestro foi precedido por tiros, com o objectivo de dispersar qualquer tentativa de ajuda.
Desde Janeiro de 2023, as autoridades detiveram 42 pessoas envolvidas na onda de raptos no país, que registou um total de treze casos no mesmo período. A resposta das autoridades tem sido alvo de críticas, com muitos cidadãos exigindo acções mais efectivas para combater essa onda de criminalidade. Dados das autoridades indicam que, durante o ano de 2023, foram abertos sete processos-crime de rapto. Este número representa uma diminuição de 53,3% em comparação com o ano anterior, em que foram registados quinze.
Desde 2011, foram reportados 60 raptos em todo o território nacional. De 2018 e 2021, Moçambique registou 30 casos de rapto. Em 2023, houve seis raptos e várias tentativas. (Joana da Lúcia).