Maputo (Canalmoz) – Um estudo intitulado “Pago para aprovar” denuncia como é que as empresas de consultoria ambiental, em muitos casos, quebram a objectividade dos seus estudos a favor dos interesses das grandes corporações, resultando em graves violações de Direitos Humanos e da justiça climática.
Conduzido por Daniel Macmillen e publicado pela “Justiça Ambiental”, o estudo levanta sérias questões sobre a integridade dos estudos de impacto ambiental realizados no país. O estudo diz que, desde que se tornou uma exigência legal, nos anos 70, a apresentação de estudos de impacto ambiental para grandes projectos, isso impulsionou o surgimento de várias empresas de consultoria. Segundo Daniel Macmillen, “a concorrência nesse mercado tem levado muitas dessas empresas a darem prioridade ao lucro sobre a imparcialidade”. Em vez de realizarem análises profundas e críticas, essas empresas de consultoria, muitas vezes, produzem estudos que atendem mais às expectativas dos contratantes do que às necessidades das comunidades afectadas ou do meio ambiente.