Maputo (Canalmoz) – A “Privinvest” interpôs um pedido de recurso para que o pagamento da indemnização de 1,9 mil milhões de dólares a Moçambique seja suspenso. A fundamentação apresentada pela “Privinvest” é a falta de fundos suficientes para pagar a quantia estipulada e avisou que, se esta suspensão não for aceite, terá de declarar insolvência.
O pedido de recurso foi apresentado ontem, 18 de Setembro, junto do Tribunal Comercial de Londres. A audição decorreu na Divisão Comercial do Tribunal Superior (High Court) de Londres. O advogado da “Privinvest”, Duncan Matthews, invocou a falha de Moçambique em divulgar documentos oficiais importantes, pelo que um julgamento justo não era possível.
Na discussão de ontem, esteve também em causa o pagamento das custas judiciais calculadas em cerca de 49 milhões de libras que foram gastos pela Procuradoria-Geral da República, e a este valor somam-se juros calculados em 40 milhões de dólares.
Segundo diz a “Agência Lusa”, o advogado que representa Moçambique, Joe Smouha, argumentou contra o pedido de recurso e contra a suspensão da execução requerida pela “Privinvest”. A fraude tem consequências, e hoje está em causa a “Privinvest” sofrer essas consequências.