Maputo (Canalmoz) – O Conselho Nacional Governativo do MISA considera que o ataque contra jornalistas, visto em directo, foi uma autêntica falta de respeito, desconsideração e um abuso de autoridade inaceitável contra os jornalistas.
Segundo diz, a PRM agiu de forma deliberada e a sua atitude representa uma afronta objectiva à Constituição da República e desrespeito pelas liberdades dos profissionais de comunicação social.
O Conselho Nacional diz que a função da Polícia é garantir a ordem e a tranquilidade pública e não deve sobrepor-se nem colocar em risco a integridade dos repórteres no exercício das suas funções. Os jornalistas, ao realizarem o seu trabalho de cobrir manifestações, estão em pleno usufruto de um direito e dever constitucional, não devendo a Polícia agir com violência para restringir este direito.
A liberdade de imprensa é um pilar fundamental da democracia e permite que a sociedade tenha acesso a informações essenciais e que os cidadãos possam participar activamente do debate público. Ataques contra jornalistas ameaçam a segurança dos profissionais comprometem a integridade da informação e, por consequência, a própria democracia.
“Nesse sentido, em nome do respeito e da dignidade da comunicação social em Moçambique, o Conselho Nacional do MISA Moçambique exorta aos editores e gestores de ‘media’ a unirem-se a esta causa. É crucial que incluam nas agendas de trabalho envolvendo a Polícia e a Procuradoria-Geral da República um pedido de esclarecimento sobre este ataque, até que os responsáveis por esses actos bárbaros sejam identificados e responsabilizados criminalmente.” (Redacção)