Três novos administradores foram nomeados para a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, mas nunca chegaram a tomar posse e foram vetados pela presidente da Conselho de Administração do Instituto de Gestão das Participações de Estado, com intervenção de Filipe Nyusi.
Maputo (Canalmoz) – Está instalado um mau ambiente entre a Administração da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, o Instituto de Gestão das Participações de Estado e o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, devido ao facto de a nova presidente do Conselho da Administração ter proposto a nomeação de novos administradores executivos que foram rejeitados pelo IGEPE sem razões aparentes, para a manutenção dos actuais administradores, cujos mandatos terminaram.
A nova presidente do Conselho da Administração da ENH tomou posse em Agosto de 2024. Há dias, propôs ao ministro dos Recursos Minerais e Energia a nomeação de três novos administradores e a exoneração por caducidade de mandato dos que lá estão. Nomeou Acácio Langa como novo administrador do pelouro comercial e Novos Negócios, em substituição de Pascoal Mocumbi Júnior, e nomeou Lovemore Chibaia para o cargo de administrador do pelouro de Administração e Finanças, em substituição de Fahim Mahomed, e nomeou Mónica Juvane como administradora do pelouro de Pesquisa e Produção.
Estas nomeações foram ratificadas pelo ministro dos Recursos Minerais, Carlos Zacarias, que tutela a ENH. Há despachos do ministro para esse efeito. Mas os nomeados não tomaram posse porque houve um “lobby” dos administradores exonerados, junto da presidente do Instituto de Gestão das Participações do Estado, Ana Coanai, a qual bloqueou as novas nomeações e impediu a tomada de posse dos novos administradores junto do Presidente da República, Filipe Nyusi, que manteve os actuais administradores. Os novos administradores só foram nomeados no papel e acabaram por ser vetados pelo IGEPE. (Matias Guente)