Maputo (Canalmoz) – O governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, afirmou que o país enfrentou um processo de “dolarização” da economia no final de 2024, impulsionado pela instabilidade pós-eleitoral, que provocou uma forte pressão sobre o mercado cambial e levou à tentativa de retirada de divisas do sistema bancário nacional.
“Não é que procuravam, necessariamente, divisas para importação. As importações, uma vez, eram usadas porque não tinham confiança no que estava a acontecer. Começaram a ‘dolarizar’ os activos financeiros e não-financeiros, vendendo os não-financeiros, gerando meticais, procurando dólar, e isso nota-se pelo comportamento financeiro dessa pressão”, disse Rogério Zandamela, na sexta-feira da semana passada, numa conferência de imprensa.
Disse que o mês de Janeiro foi o mais difícil. Questionado sobre as garantias de liquidez cambial divulgadas em Março, numa altura em que os empresários se queixam da escassez de moeda estrangeira para importações, Rogério Zandamela respondeu que a posição se baseou numa avaliação feita até essa altura e que, posteriormente, se verificou uma tendência de “blindagem com a ‘dolarização’ de activos financeiros e não-financeiros”.
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