Maputo (Canalmoz) – O caso de desaparecimento de cerca de oito milhões de meticais dos cofres da Rádio Moçambique que deviam ter comprado setenta e quatro computadores para o processo de eleições presidenciais de deputados da Assembleia da República e das Assembleias Provinciais no ano passado, deu entrada, na sexta-feira da semana passada, 6 de Junho, no Gabinete Central de Combate à Corrupção e Tribunal Administrativo, para uma investigação.
Uma carta-denúncia anónima a cópia cuja o “Canalmoz” teve acesso diz que, na Rádio Moçambique, existe uma teia de corrupção, desvio de fundos, má gestão e ilícitos criminais de elevada gravidade que atentam contra os princípios da probidade e da transparência na gestão da coisa pública.
“Chega ao conhecimento desta entidade, por intermédio da presente denúncia anónima, um conjunto de gravíssimas acusações que lançam uma sombra de suspeita e descrença sobre a integridade institucional da Rádio Moçambique”, diz a carta.
Segundo a carta, as pessoas principais desta intrincada trama de alegadas condutas delituosas são Alice Gove, administradora financeira, e Manuel Muchanga, director de Contabilidade.
“A conduta da Alice Gove Amade é descrita como paradoxal, dado que, apesar de ter criticado terceiros publicamente em entrevista ao ‘Canal de Moçambique’, é, agora, apontada como a principal arquitecta de actos de corrupção que corroem os pilares da Rádio Moçambique.”
A carta-denúncia acrescenta que a narrativa revela um padrão de conduta caracterizado por arrogância e desrespeito, com a administradora a proferir termos depreciativos e a intimidar colegas, enquanto, alegadamente, desvia fundos da Rádio Moçambique. As alegações aprofundam-se, delineando o modo de agir desta alegada fraude.
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