Maputo (Canalmoz) – O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Albachir Macassar, anunciou, na sexta-feira da semana passada, 27 de Junho, a criação de uma Comissão de Inquérito composta por técnicos da Comissão Nacional dos Direitos Humanos e da Procuradoria-Geral da República para investigar as denúncias sobre a alegada execução de cerca de duzentas pessoas, realizada pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique entre os meses de Abril e Julho de 2021, em Cabo Delgado.
Albachir Macassar disse que esta denúncia foi feita pelos jornais “Politico” (britânico) e “Le Monde” (francês). Disse que o jornal “Politico” publicou o artigo com o título “Todos devem ser decapitados” e escreveu que os militares prenderam um grupo de 180 a 250 habitantes locais sob a acusação de participarem na insurreição ocorrida em finais de Março de 2021 na vila de Palma, e durante três meses essas pessoas estiveram amontoadas dentro de contentores à entrada da plataforma da empresa petrolífera, tendo sido espancadas, torturadas, e algumas delas executadas tendo sobrevivido apenas vinte e seis pessoas.
Albachir Macassar afirmou: “O autor do artigo é o jornalista e investigador Alex Pery, que invoca supostos abusos e violação de Direitos Humanos que, alegadamente, terão sido cometidos entre os meses de Abril e Junho de 2021 em Cabo Delgado, supostamente por militares moçambicanos que garantiam a segurança da plataforma da empresa petrolífera francesa ‘TotalEnergies’ em Afungi, no espaço moçambicano do projecto gás natural liquefeito”.Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.