Maputo (Canalmoz) – No pico das manifestações contra a fraude eleitoral, Gilmário Vemba escreveu, na sua página, que o Presidente eleito em Moçambique era Venâncio Mondlane e que estava solidário com o povo moçambicano que estava nas ruas. Logo a seguir à tomada de posse de Daniel Chapo, Gilmário Vemba fez uma piada num das suas apresentações com a imagem que correu o mundo de um cão da unidade canina moçambicana que estava malnutrido e com sinais de maus tratos e que estava a ser usado para atacar manifestantes na Baixa da cidade de Maputo. E, por último, há uma semana, Gilmário Vemba foi ter com Venâncio Mondlane ao hotel em que estava hospedado em Lisboa e, juntos, gravaram um vídeo em que Gilmário Vemba reafirma o apoio à causa de Venâncio Mondlane. Tudo isto foi minuciosamente registado pelo regime da Frelimo.
No passado domingo, Gilmário Vemba tinha um espectáculo em Maputo. A sala estava cheia. Gilmário Vemba desembarcou em Maputo cerca das 13h00, no Aeroporto de Mavalane. Foi retido e impedido de entrar em Moçambique. Na sua companhia estavam o português Hugo Sousa e o brasileiro Murilo Couto, que iam actuar no Centro Cultural Moçambique-China, no passado domingo. Vão ser devolvidos no próximo voo de volta a Portugal, muito provavelmente hoje, segunda-feira.
Foi Hugo Sousa quem publicou a notícia na interet. Diz que os motivos não foram revelados pelas autoridades, mas que este episódio levou a que esse espetáculo, “Tons de Comédia”, que estava marcado para as 17h00 fosse cancelado. O público, que já estava sentado na sala, foi informado de que o trio ficou retido no aeroporto. As pessoas mantiveram-se no recinto durante meia hora, antes de abandonarem.
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