Maputo (Canalmoz) – O chefe da bancada parlamentar do Movimento Democrático Moçambique, Fernando Bismarque, disse que existe um consenso de que a corrupção é um cancro que atrasa o desenvolvimento do país e não deve ser combatida apenas com a realização de conferências ou discursos vazios.
“São governantes, agentes do SERNIC, funcionários das Alfândegas, juízes, procuradores e empresários quinquenais detentores de um vasto património injustificado, que nada lhes acontece porque o sector da Justiça, que deveria ser a salvaguarda da ética pública, também está contaminado pelo vírus da corrupção”, disse, ontem, 22 de Outubro, Fernando Bismarque, durante a abertura da II Sessão Ordinária da Assembleia da República da X Legislatura.
E perguntou: se se assumir que a corrupção atingiu níveis patológicos, em que se assiste, em toda a Administração Pública, à proliferação de corruptos por metro quadrado, quem estará em condições de lançar a primeira pedra ou de dirigir com firmeza a luta contra a corrupção?
“Este regime, por muito que queira, não tem condições morais para levar a cabo um combate sério contra a corrupção, porque tem impressões digitais em tudo que é negócio do Estado. São eles os pais biológicos dos dezoito mil fantasmas de fato e gravata que durante anos sugaram dinheiros públicos; eles mesmos tomaram de assalto áreas de servidão militar para fins privados; foram eles que abocanharam tudo e elevaram para níveis de insustentabilidade da dívida pública”, afirmou.Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.