“Uma cultura ditatorial de manter o poder a todo o custo. Continuamos a ver atropelos de gestão, mau uso de fundos e ausência de responsabilização, enquanto o país anda para trás.” – Mulweli Rebelo.
Maputo (Canalmoz) – Mulweli Rebelo, filho de Jorge Rebelo, veterano da Frelimo, anunciou ontem, 27 de Outubro, o abandono desta deste partido por causa daquilo que classificou como desilusão com o rumo que Moçambique tomou.
No mês passado, outro quadro superior da Frelimo, Rosário Fernandes, ex-presidente da Autoridade Tributária, bateu com a porta e saiu da Frelimo.
Lê-se na carta que Mulweli Rebelo enviou ao partido Frelimo: “Caros irmãos e irmãs, camaradas. Depois de muita reflexão, decidi afastar-me das actividades políticas e partidárias da Frelimo. A minha motivação em militar sempre esteve ligada ao desejo de dar continuidade ao trabalho dos nossos pais, que acreditaram num país justo e progressista, mas, infelizmente, até eles, hoje, estão desiludidos com o rumo que Moçambique tomou”.
Acrescenta que, depois de viver de perto as eleições e o período pós-eleitoral, percebeu o quanto não se revê na forma como o partido Frelimo trabalha e é dirigido. “Estruturas antiquadas, pouca abertura para a modernização e uma cultura ditatorial de manter o poder a todo custo. Continuamos a ver atropelos de gestão, mau uso de fundos e ausência de responsabilização, enquanto o país anda para trás.”
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