Maputo (Canalmoz) – O porta-voz no Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Manuel Simbine, disse ontem, 18 de Setembro, em declarações ao “Canalmoz”, que o envolvimento de directores de escolas e professores em actividades da campanha eleitoral não foi autorizado pelo Ministério da Educação.
Um levantamento realizado na semana passada pela Associação Nacional dos Professores em algumas escolas nos distritos de Monapo, Cherigoma, Larde, Xai-Xai, Homoíne e Matola mostra que cerca de setenta professores estão envolvidos em campanha eleitoral do partido Frelimo deixando para trás cerca de cinquenta turmas sem aulas.
“As nossas orientações são por escrito, públicas, com assinatura da ministra e fixadas em vitrinas. Se não há nenhum documento que esteja fixado com a assinatura da ministra, distanciamo-nos desses actos. Não podemos responder. Havendo evidências de alguns locais, vamos procurar saber em que província, distrito, escola e os nomes dos professores”, afirmou Manuel Simbine e acrescentou que se passa por um processo para se chegar ao Ministério, porque, depois dos directores de escola, existem directores distritais, que gerem um grupo de escolas que estão num determinado distrito, depois disso tem o director provincial, que gere o grupo de escolas que estão numa determinada província, e o Ministério da Educação faz a gestão de todo o país.
“Pode estar a acontecer uma coisa numa determinada escola, e não é o Ministério que deve explicar. Tem de ser a pessoa que gere os recursos humanos nesse local. Pode ser uma coisa que pode estar a acontecer sobre orientação local, o Ministério não vai saber. Quem responde por um professor que está numa escola é o director dele, e este responde ao director distrital, e este ao director provincial. A partir do local dos factos é preciso saber onde está o documento orientador. O professor deve explicar como é que está nesta actividade, porque pode ser por orientação de alguém ou por iniciativa própria.”