O regime mandou calar a comunicação social local para não manchar a imagem de Daniel Chapo, que dirigiu a província de Inhambane e que vai tomar posse na próxima semana como Presidente da República.
Maputo (Canalmoz) – Os médicos e enfermeiros do Hospital Provincial de Inhambane anunciaram a paralisação de todas as actividades a partir de ontem, 8 de Janeiro, em protesto contra a falta de pagamento do subsídio de turno nos últimos três anos.
Uma equipa do gabinete do secretário de Estado da província de Inhambane, Amosse Macamo, empreendeu, na manhã de ontem, uma campanha para vigiar e mandar calar os órgãos de comunicação social locais para embargar os assuntos, para não manchar a imagem de Daniel Chapo, que dirigiu a província de Inhambane.
Os grevistas dizem que só vão assegurar as actividades durante a hora normal de expediente, e, depois desta, os trabalhos serão assegurados por estagiários.
“Dinheiro nas contas, turnos de volta”, “Queremos os nossos turnos”, “Queremos os nossos direitos de horas”, “Paguem nossos turnos”, lê-se nos discos exibidos pelos médicos e enfermeiros do Hospital Provincial de Inhambane.
A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique manifestou a sua solidariedade e considera que as suas preocupações devem merecer atenção do Governo.
O Sistema Nacional de Saúde tem vindo a enfrentar uma crise provocada por greves de funcionários, devido aos enquadramentos na Tabela Salarial Única, pagamento de horas extraordinárias e pagamento do subsídio de diuturnidade.
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