Maputo (Canalmoz) – A população de Quissimajulo, no distrito de Nacala, na província de Nampula, bloqueou a estrada que dá acesso à cidade de Nacala, paralisou todas actividades e mandou desviar dez camiões da empresa “Cimentos de Moçambique” carregados de calcário e argila, e manteve reféns os respectivos motoristas.
Os manifestantes ameaçaram incendiar os camiões se o director da “Cimentos de Moçambique”, Paulino Gongole, não se deslocasse à localidade de Quissimajulo para negociações com a população, que exige a construção de cinco salas de aulas naquela zona onde é extraído calcário, argila e areia branca para a produção de cimento.
Gamito dos Santos, director executivo da Associação “Koxukhuro”, uma organização de advocacia e Direitos Humanos, boa governação e meio ambiente, em Nampula, disse, ontem, 3 de Março, em declarações ao “Canalmoz”, que a população reivindica a construção de salas de aulas escola porque é nesta zona onde é extraído calcário, brita e areia pela empresa “Cimentos de Moçambique”, em Nacala.
“Como condição para a libertação dos camiões e motoristas, a comunidade de Quissimajulo exigiu a presença do director da ‘Cimentos’ para as negociações. O director deslocou-se a Quissimajulo e acompanhado pelo presidente do Conselho Municipal, Faruk Nuro. Em troca dos camiões e motoristas, a ‘Cimentos de Moçambique’ teve de mandar descarregar duzentos sacos de cimento e outros materiais necessários para o início das obras de construção das cinco salas de aulas”, afirmou.
Gamito dos Santos disse que, naquela zona, é extraído calcário, e a população interceptou os camiões, desviou-os e exigiu que desligassem os motores e mandassem o director da empresa comparecer no local.Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.