Desde que foi introduzida a TSU, os trabalhadores da Rádio Moçambique, que servem como braço de propaganda do partido Frelimo, continuam na indefinição e com perda de direitos. Já simularam várias ameaças de greve e foram ignorados.
Maputo (Canalmoz) – A presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão das Participações do Estado, Ana Coanai, afirmou, em Janeiro, numa reunião com os trabalhadores da Rádio Moçambique, que o problema dos novos enquadramentos no âmbito da implementação da Tabela Salarial Única e progressões na carreira profissional seria resolvido a partir de Março corrente, mas o processo encalhou e já foi suspenso sem esclarecimento.
Numa carta dirigida ao sindicato e ao Conselho de Administração da Rádio Moçambique, os trabalhadores dizem que o que se observa até ao momento é um cenário desalentador que merece uma explicação urgente e clara por parte das instâncias competentes.
“Desde a sua concepção, o IGEP e a Rádio Moçambique enfatizaram que esse processo garantiria a manutenção ou, quiçá, a melhoria das condições salariais. Contudo o que se verifica na prática é alarmante. Para alguns trabalhadores, a proposta é de redução salarial; e mesmo aqueles que obtiveram aumentos, como é o caso de alguns licenciados, não estão a receber valores compatíveis com o que seria esperado se tivessem sido enquadrados nas tabelas em vigor na Rádio Moçambique”, afirmam numa carta a cópia cuja o “Canalmoz” teve acesso.
Acrescentam que é importante ressaltar que se congratularam com as melhorias salariais para alguns funcionários de classes inferiores, o que é um passo positivo que deve ser mantido e ampliado, mas esta situação gera estranheza e provoca interrogações sobre a equidade e a justiça do processo como um todo.Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.