“Há escolas que se socorrem do livro descontinuado por excesso de erros e pela falta de livros. Igualmente a situação de turmas sem professores em todos os subsistemas por contratações reduzidas que nem a dez por cento chegam. O défice de professores, que já atinge vinte e dois mil para as necessidades de 2025. Salas superlotadas e não pagamento de horas extras.” – Associação Nacional dos Professores
Maputo (Canalmoz) – A Associação Nacional dos Professores pronunciou-se sobre as realizações no sector de Educação durante os cem dias da governação de Daniel Chapo e disse, na qualidade da agremiação que faz advocacia pelos direitos da classe docente e luta pela melhoria da dignidade do professor e da qualidade de ensino no país, que muito se falou pela Educação e pouco se fez.
Segundo a Associação Nacional dos Professores, os professores consideram que o Governo do dia estudou os erros do Governo anterior, e reservavam alguma expectativa e esperavam que houvesse mudanças estruturantes que trouxessem uma viragem no sector da Educação, que já se debate com problemas quase crónicos que condicionam significativamente o processo de ensino e aprendizagem pela negativa.
“Dos problemas que esperávamos que tivessem sido atacados em menos de trinta dias seriam a distribuição dos livros, mas, até à data, o percalço prevalece, havendo escolas que se socorrem do livro descontinuado por excesso de erros, pela falta de livros para todas as escolas, igualmente a situação de turmas sem professores em todos os subsistemas por contratações reduzidas que nem a dez por cento chegam, quando se observa o défice de professores que já atinge vinte e doi mil para as necessidades de 2025, sendo obrigados a superlotar as salas que não têm as mínimas condições para o efeito e a pressionar professores para assegurar as horas extras, mesmo sem lhes pagar, em que alguns são persuadidos a aceitar compulsivamente para evitar represálias de transferências ilegais”, afirmou, ontem, 8 de Maio, Marcos Mulima, vice-presidente da Associação Nacional dos Professores, em declarações ao “Canalmoz”.Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.