“Nós precisamos muito desse dinheiro, mas se for usado para continuar com os ideais de Elvino Dias através da criação de uma Fundação será muito bom. Não sou advogada, sou professora. Dói-me ver fechado o escritório, que ajudava muitos necessitados.”
Maputo (Canalmoz) – A Ordem dos Advogados de Moçambique e entregou, na sexta-feira da semana passada, o Prémio Nelson Mandela à família de Elvino Dia (advogado de Venâncio Mondlane), que foi assassinado pelos esquadrões da morte no auge da contestação contra a fraude eleitoral em Outubro de 2024. Nas mesmas circunstâncias, foi assassinado o professor Paulo Guambe, que seguia na mesma viatura.
O Prémio Nelson Mandela foi atribuído a Elvino Dias pela ProPública, que tem atribuído anualmente a um advogado que se tenha destacado na promoção ou representação do bem comum, da cidadania e dos Direitos Humanos.
Na aceitação do prémio na Ordem dos Advogados, a viúva de Elvino Dias abdicou do valor monetário e pediu que a Ordem dos Advogados de Moçambique a ajude criar uma Fundação ou Organização equiparada para continuar com a defesa dos mais necessitados e do interesse público. Disse que ela não é advogada, e que está disposta a doar todo o espólio de Elvino Dias à referida Organização.
“Eu vim somente com um pedido, queria abrir uma Fundação em nome de Elvino Dias, para ajudar as pessoas. Dói-nos muito ver o escritório fechado. Não sou advogada, sou professora. Posso doar os muitos livros que o Elvino deixou, e podem ser úteis”, disse.
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