Por Teodoro Waty
É verdade!
Foi ao fim de 61 horas que se encontrou o (T)Chapo.
Com ele se cortou o medo e explodiu a euforia da panela da disciplinada impaciência.
Esteve o Comité Central reunido na sua I Sessão Extraordinária, em conclave, quando se anunciou a definitiva e pública renúncia ao tal propalado terceiro mandato que se cantava sem nunca ter sido dito.
Reunidos na Escola Central da FRELIMO, na Matola, estiveram, invariavelmente 240 a 244 eleitores para escolher o candidato da FRELIMO para Presidente da República de Moçambique, nas eleições do dia 9 de Outubro.
Não há critérios pétreos para pré-candidatos, bastando ser cidadão moçambicano de nacionalidade originário, sem outra nacionalidade, com idade mínima de trinta e cinco anos, no pleno gozo dos direitos civis e políticos; apesar de tudo, pode contar-se que os últimos foram sempre membros do Comité Central.
O fumo branco anunciou a eleição de Daniel Francisco Chapo, que certamente vai preferir ser Chapo.
Vai ser eleito em sufrágio universal directo, igual, secreto, pessoal e periódico e, daqui a 155 dias, vai ser o quarto Presidente da República de Moçambique.
Será o primeiro Presidente da República jurista, circunstância que pode fazer dele bom cidadão do império da lei, esse território que estabelece a preeminência do direito na regulação da sociedade e se opõe a outras formas de governo arbitrárias e tirânicas.
Tendo ensinado direito constitucional e ciência política certo sabe que aqueles que o ouviram estarão atentos para ver se sabe ouvir e fazer o que ensinava.
Como advogado está adestrado para compreender a jura constitucional, garantindo os direitos e liberdades individuais que devem sempre revestir carácter geral e abstracto sem efeito retroactivo.