Maputo Canalmoz- O edil da cidade de Maputo, Razaque Manhique, reconheceu as dificuldades da Empresa Municipal de Transporte Público de Maputo, como também pediu uma melhor gestão das receitas para garantir maior sustentabilidade da empresa.
“Não faz sentido que um autocarro, por si, não consiga restituir a si um pneu, se tivermos que fazer contas, não faz sentido que um autocarro, por si, não consiga comprar uma bateria, pela sua produção, e, consequentemente, temos o autocarro arrumado. É a cidade que depois se vê com a escassez de transportes”, disse Razaque Manhique, à margem da Décima Terceira Reunião Anual de Planificação da Empresa Municipal de Transporte Público de Maputo.
Por sua vez, o PCA da EMTPM, Lourenço Albino, revelou que sessenta e um autocarros da Empresa Municipal de Transporte Público de Maputo estão paralisados por falta de manutenção. A empresa opera com apenas 48 dos 109 autocarros da sua frota e a receita que produz não é suficiente para a reparação dos autocarros.
A Empresa Municipal de Transporte Público de Maputo projectou transportar 13 milhões de passageiros até ao fim deste ano, somente conseguiu transportar 8 milhões de passageiros, uma meta ameaçada porque mais da metade dos autocarros da empresa estão avariados.
“Neste momento, do ponto de vista operacional, estamos a falar de 109 autocarros na frota, mas quando tratamos de carreiras, significa aquelas que vão à rua todos os dias, estamos a falar de 48, isso contando que temos uma frota maioritariamente velha, que temos feito todo o trabalho para mantê-la”, apontou Lourenço Albino, PCA da EMTPM.
Contudo, o PCA diz que a frota ideal para dinamizar a mobilidade da zona metropolitana, seria de 300 autocarros, mas até ao momento, a projeção é de comprar apenas 30, mas não sabe quando.
“É difícil dizer para quando é que está previsto, mas na nossa programação aponta para 15 autocarros de grande porte e 10 de menor porte. De grande porte são autocarros de mais ou menos 12 metros, e abaixo disso, são os de 10 metros, com cerca de 30 lugares, isso para atender alguns bairros da cidade de Maputo”, concluiu. (Redacção)