No pico da “Operação Maré”, foram abertas deliberadamente a Cadeia de Máxima Segurança e a Cadeia Central e, posteriormente, foram chacinados reclusos seleccionados previamente, num acto muito criminoso, e ninguém foi responsabilizado.
Pensa-se que os esquadrões governamentais que continuam, até hoje, a perseguir e a assassinar apoiantes de Venâncio Mondlane, sejam os mesmos que mataram Elvino Dias e Paulo Guambe.
Maputo (Canalmoz) – O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, apresentou, na manhã de quarta-feira, na cidade de Maputo, o balanço de encerramento da chamada “Operação Maré”, que visava suprimir as manifestações contra a fraude eleitoral e que, basicamente, consistiu no assassinato de vários jovens manifestantes e, selectivamente, dos apoiantes de Venâncio Mondlane. Para além dos assassinatos selectivos, essa operação ficará indelevelmente ligada à abertura deliberada das celas da Cadeia de Máxima Segurança (B.O.) e da Cadeia Central e ao assassinato selectivo de vários reclusos. É sem dúvida um dos períodos mais sangrentos da História depois da guerra civil em Moçambique. Há várias famílias que perderam os seus entes queridos, sobretudo jovens, que foram mortos pela Polícia em operações previamente coordenadas.Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.