Maputo (Canalmoz) – O partido Frelimo decidiu usar os órgãos judiciais para combater Venâncio Mondlane, com os procuradores a interpretarem o papel de comissários da inquisição. Foram dez horas de interrogatório, e o procurador Paulo Armando, sem formar uma única acusação contra Venâncio Mondlane, decidiu aplicar um duvidoso Termo de Identidade e Residência, obrigando Venâncio Mondlane a ter de informar as autoridades judiciais caso queira deslocar-se por mais de cinco dias, dentro ou fora do país.
A Procuradoria-Geral da República ouviu Venâncio Mondlane em declarações, na terça-feira, na senda dos muitos processos abertos contra ele. Numa audição fastidiosa, em mais de dez horas, a Procuradoria-Geral da República só libertou Venâncio Mondlane cerca das 18h15min.
Numa conferência de Imprensa, Venâncio Mondlane afirmou: “O encontro foi normal e cordial, normal, mas o único problema é que não posso responder-lhes qual é o crime de que sou acusado. Infelizmente ficámos essas horas todas e não conseguiram dizer de que crime sou acusado, mas fizeram naturalmente um batalhão de perguntas, que justificou esse tempo todo, mas, basicamente, são perguntas que têm a ver com as manifestações, a promoção das manifestações, a incitação à violência, o prejuízo à economia e todo o tipo de distúrbios que supostamente foram criados com as manifestações”.Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.