Maputo (Canalmoz) – A Universidade Eduardo Mondlane registou treze casos de assédio sexual nos últimos dois anos, que resultou na expulsão de três docentes, dois impedidos de renovar contrato e outros dois afastados das salas de aulas.
Os dados foram divulgados pela directora do Centro de Coordenação dos Assuntos de Género, Gracinda Mataveia. E disse que, em 2025, já foram abertos seis novos processos, cinco ainda em análise e um já decidido, com denúncia anónima feita por uma estudante.
Muitas alunas consideram que a expulsão dos professore transmite sinais de justiça e coragem institucional. “Pela primeira vez sentimos que a universidade nos escuta e protege. Antes, tínhamos medo de denunciar, agora sabemos que algo acontece de facto”, disse Ana Sambo, finalista da Faculdade de Letras.
Cláudia Ubisse, estudante da Escola de Comunicação e Artes, disse: “É um alívio saber que professores que abusam da sua posição já não podem continuar a dar aulas. Isso devolve alguma confiança à comunidade académica”.
Há também quem lamente a demora no desfecho dos casos. “Seis novos processos ainda sem solução mostram que a UEM reage, mas não age com a rapidez necessária. Enquanto os processos se arrastam, as vítimas continuam a conviver com o trauma”, afirmou uma estudante da Faculdade de Direito.Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.