A população que foi removida do perímetro onde foi implantada a fábrica de “Dugongo Cimentos”, no distrito de Matutuíne, na província de Maputo, ameaça marchar e paralisar as actividades da fábrica em contestação contra a falta de condições no Centro de Reassentamento em Mudada, onde o contrato para o fornecimento de água foi feito com um único fornecedor, que cobra cinco meticais por ligação, e onde não há energia, nem escola, nem hospital, nem mercado. Além disso, as casas oferecidas não têm vigas e já começaram a ceder devido aos estrondos das explosões de dinamite nas minas de calcário, matéria-prima usada para fabricar o cimento.
Segundo afirma a população, a prova de que as cerca de cem casas construídas são de péssima qualidade é que não houve cerimónia de inauguração, o que não é prática habitual do Governo.
Rosa Ndeve é uma das realojadas em Mudada e disse que a “Dugongo Cimentos” não está a cumprir as promessas feitas de construir estrada que iria até à Escola de Mudada, passando por Mabibili.
Por seu turno, Rodrigues Patrício disse que, em 2007, vivia na zona do perímetro da fábrica e, por estar próximo do Rio Maputo, dedicava-se à agricultura e à pesca.
“Tiraram-nos daquele local para onde construíram cento e vinte e uma casas. Disseram para adiantarmos, que a energia, água e estrada viriam depois, na zona de reassentamento. Até este momento, passa um ano, não temos nem espaço para fazer machambas”, afirmou.
Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.