Os acusados de serem manifestantes ou relacionados com as manifestações estão a ser vítimas de um tratamento muito desumano. Além dos que são assassinados seclectivamente, o caso mais recente do drama é o dos que são acusados de serem administradores da página “Unay Cambuma”, que sofreram golpes nas partes genitais, incluindo uso de agrafadores, que foi autorizado pela Direcção da Polícia.
Maputo (Canalmoz) – A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique denunciou o aumento da brutalidade, nos últimos três meses, na actuação da Unidade de Intervenção Rápida e do Serviço Nacional de Investigação Criminal.
O “Canalmoz” teve acesso a uma nota de imprensa da Ordem dos Advogados, emitida ontem, que diz que a Polícia actuou de forma desproporcional, desumana e vergonhosa, incompatível com um Estado de Direito e democrático.
“O caso mais recente ocorreu a 31 de Janeiro, quando o SERNIC convocou a imprensa para apresentar os cidadãos Wilson Matias Pita e António Daniel Muthemba, acusados de serem os supostos administradores da página do Facebook denominada ‘Unay Cambuma’ e indiciados por crime contra a segurança do Estado.”
A Ordem dos Advogados diz também que Wilson Matias Pita, de 26 anos de idade, natural de Manica, que foi detido na sua residência cerca das 14h00 do dia 23 de Janeiro, foi apresentado em estado deplorável, com lesões graves, inclusive nos órgãos genitais.Ler mais na versão PDF, mediante subscrição.