Professores exigem demissão de Carmelita Namashulua
Há muito que a demissão da ministra da Educação é pedida, por manifesta incompetência. Mas Carmelita Namashulua mantém-se no cargo pelo facto de ser esposa do secretário-geral da Associação dos Combatentes da Frelimo, que é também membro da Comissão Política deste partido.
Maputo (Canalmoz) – A Associação Nacional dos Professores exige a demissão da ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, devido a má gestão do processo de pagamento das horas extraordinárias, falta do livro escolar quanto faltam três meses para o fim do ano lectivo, falta de carteiras nas escolas, aulas ao relento, aquisição de cento e sessenta e uma viaturas de alta cilindragem para os directores distritais e outros problemas que assolam o sector da Educação.
Marcos Mulima, vice-presidente da Associação Nacional dos Professores, disse, em declarações ao “Canalmoz”: “A ministra não consegue lidar com o pelouro. É mentirosa. Está a preservar os direitos mais individuais, que é o cargo, o Governo e o partido Frelimo. Instalou no seio da Educação um caos maior, porque não consegue lidar até com questões mínimas que têm a ver com a distribuição do livro, material básico nas escolas. Não consegue discutir e definir prioridades no seio do Ministério”.
Marcos Mulima questiona como é que Carmelia Namashulua teve coragem de se sentar com os parceiros de cooperação e pedir 161 viaturas, avaliadas em dois milhões, cada, e, em contrapartida, com salas de lixo, sem livros, sem carteiras, sem material para o funcionamento básico e higiene nas escolas. As viaturas que a ministra recebeu foram aquilo que ela pediu, e isso mostra o nível de insensibilidade sobre os aspectos da Educação.